sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Inspirado em Gossip Girl

Série Dan
NICOTINA
As mesmas coisas de sempre, os mesmos dias de sempre, os mesmos olhos cansados, as mesmas roupas puídas, os mesmos bares caídos, os mesmos cigarros fumados.
Nada muda, nada muda, nada muda nunca. Onde vou parar? Em um dos bares decadentes da esquina, ou em uma rua vazia? Não quero pensar, agora quero apenas os meus cigarros, as minhas mágoas e a minha desilusão.
Pra que os outros, pra que outras pessoas? Vivo tão bem só. Preciso apenas de meus problemas e meus cigarros, meus bons e velhos cigarros. Um pouco de nicotina no cérebro, e pronto, eu fico bem.
MORTE SEM ELA
Punhos, pulsos, hematoma e cortes. Respectivamente uma boa combinação para dor e talvez prazer. Infelizmente ou não, sem morte. Apenas um pouco de sangue e lágrimas, uma mistura perfeita. Sensibilidade e ternura, é isso que tenho e sinto por ela, e ela me retribui assim, com dor e ódio. Porque isso? Não entendo, preciso fumar, só um, pelo menos um. Foda-se, podem ser quantos eu quiser, já estou morrendo mesmo. “A cada dia mais perto do fim”. Meu coração enfraquece e eu findo. “Cada dia mais perto”, e ela não se importa. “Mais perto do fim”. Cigarros.
NÃO TEM GRAÇA!
Minha cabeça rachada. Triste. Danificando meus pensamentos. Eu tive uma hemorragia interna. Não na cabeça, mais no peito. Minha caixa torácica se foi, e meu coração esta livre, danificando, sensível, FODIDO. Ela fez isso comigo. E eu continuo não entendo o por que. Penso, penso, penso; fumo; penso e penso. Não entendo. Mais assim eu vou vivendo com dor, mágoas e um amor não correspondido. Pelo menos ela me da motivos para escrever. Não tem graça! Preciso sofrer pra ter inspiração? Ela faz isso pra mim. Me faz sofrer e me faz sorrir. Realmente não tem graça!

Reflexão do dia :D

Perguntas
Depressão
Como descobrir se estou? Como saber se estou? Como sair se estiver?
Perguntas, perguntas e mais perguntas!
Uma afirmação, muitas perguntas.
Como começar? Como descobrir? Como refletir sobre isso?
Não sei ao certo o que digo, mas sei que de algum modo digo!
Porque dizer? Porque pensar? Pra que viver?
Perguntas, perguntas e mais perguntas!
Uma afirmação, muitas perguntas.
Pra que serve uma pergunta? As minhas nunca são esclarecidas!? Será? Ando tão esquecido. Pra que todos perguntam? Deveriam esclarecer as perguntas, e não fazê-las mais!
Que ridículo eu mesmo respondendo minhas perguntas. Não tenho idéia do porque, mais eu escrevo. Acho que é pra não cair em depressão, mais e se eu já estiver? O que fazer? Pra onde ir? A quem recorrer?
Perguntas, perguntas e mais perguntas!
Uma afirmação, muitas perguntas!

domingo, 7 de novembro de 2010

Reflexão do dia

Poema de um louco que queria ficar maluco
Era meia noite quando o sol brilhava no horizonte, um homem careca com cabelos loiros, sentado numa pedra de madeira, completava a beleza da natureza.
Ao seu lado um elefante estava deitado à sombra de um pé de alface.
Enquanto um cego lia um jornal com as letras de cabeças para baixo e olhava uma plantação de bacalhau.
As suas costas voava um lindo jacaré a toda velocidade, no mesmo instante um homem bem trajado, seguindo uma bengala de ferro feita de madeira caminhava nas trevas de um lindo dia claro e dizia:
-Prefiro morrer a perder a vida!
Longe dali, muito perto, havia um bosque sem arvores, com vacas voando de galho em galho.
Enquanto pássaros e macacos pastavam alegremente, um mudo falou alto:
-O mundo é uma bola quadrada que navega num barco sem fundo sobre as ondas de um poço sem água.

sábado, 6 de novembro de 2010

O Mito do Carvalho Amaldiçoado

O mito diz que a três séculos atrás em uma pequena cidade da Irlanda, uma batalha foi travada, entre os irlândeses do condado e o povo da floresta. Foi uma batalha acirrada. Nos últimos dias de guerra já quase não havia mais homens do povo da floresta, só haviam sobrado as crianças, uma velha mulher e sete guerreiros, já no povo do condado havia ainda 50 homens para lutar. Eles tinham maior poder bélico, por isso estavam ganhando a guerra.
Na floresta todas as casas foram destruídas e a madeira queimada, o povo não tinha onde morar, mais a pequena e velha mulher teve “uma grande idéia”. Ela disse para as crianças se esconderam atrás da maior árvore da floresta; um velho carvalho. As crianças obedeceram a ordem e lá se esconderam. A velha seguiu também para o velho carvalho, enquanto isso os sete guerreiros que haviam sobrado morriam em batalha. Quando ela lá chegou abriu com seu cajado uma espécie de porta no meio do carvalho, e mandou as crianças entrarem, estas por sua vez obedeceram novamente. Logo depois que as crianças entraram a velha fechou a abertura com o toque do seu cajado, assim aprisionando as crianças para toda a eternidade...

Trezentos anos depois ainda conta-se a história da grande batalha e o mito do carvalho amaldiçoado. Os mais antigos acreditam piamente no mito. Já os mais novos não acreditam... ainda.

Em um dia belo e ensolarado de domingo, Matt um pai de família tradicional, oferecia um churrasco para a família e amigos mais chegados. Enquanto Matt temperava a carne, um velho ancião da família contava histórias para as crianças. Quando Matt ouviu o nome da história ele se lembrou de sua infância; ele apenas ouviu duas palavras: carvalho amaldiçoado. Ele se sentiu um arrepio, mais não acreditava na tal história, não deu muita importância. O ancião terminou a lenda e as crianças agiram de modos diferentes, algumas ficaram com medo, outras acharam o máximo o fato de ali perto na floresta ter havido uma guerra. Matt não teve reação alguma. Apenas aquele arrepio medonho, estranho e apavorante.
Na manhã de terça feira ele acordou bem cedo e seguiu sua rotina. Lá por volta das 09:00 horas  ele foi acordar Den e Haven seus filhos. Quando acendeu as luzes do quarto das crianças percebeu que eles não estavam lá. Matt sentiu novamente aquele arrepio estranho, e junto com ele uma sensação horrível. Ele correu por todos os cômodos da casa sem achar vestígios das crianças. Ele ficou realmente desesperado e chamou por seus filhos no jardim. Do lado de fora da casa estava tudo normal, exeto pela trilha de brinquedos que atravessava toda a extensão do quintal e levava direto para a floresta.
Matt não sabia o que fazer, mais como estava dominado pela pergunta de onde estava Den e Haven, ele seguiu a trilha e entrou na floresta.
Toma do por mais um de seus intensos e loucos arrepios, ele avistou o fim da trilha de brinquedos, ela levava até o imenso e imponente carvalho antigo. Matt desabou no chão ao mesmo instante em que viu a valha arvore. Começou a achar que era uma brincadeira de muito mau gosto, que alguém estava tentando fazer com que ele se liberasse do domingo, da lenda, de sua infância, mas ele caiu na real e percebeu que aquilo era verdade. Ele estava com medo, mais tinha que achar as crianças; levantou-se e percebeu que estava com ambas as pernas bambas. Criou coragem, e foi entrando mais fundo, na densa floresta.
Lá pela doze horas ele achou uma clareira enorme, no meio dela corriam águas de um riacho. Nas margens desse riacho Matt achou a pulseira que dera a sua filha no aniversário de dez anos. O seu rosto enrubesceu e ele chorou. Pensou no pior, mais foi otimista e continuou sua busca. Passou a tarde toda procurando, mais nada achou. Quando voltava para casa passou novamente pelo carvalho grande e imponente. Levou um susto quando avistou um dos sapatos de Den jogado aos  pés do carvalho. Parou e recolheu o sapato.
Matt estava novamente aos prantos. Havia se sentado no chão, aceitando a morte de seus queridos filhos. Um barulho nas árvores assustou-o, fazendo com que ele se levanta se e olha se em volta. Um grito ecoou na floresta seguindo por outro barulho, e aquilo se intensificou, ficando agudo, ensurdecedor, deixando Matt com muitos de seus arrepios. A atividade para, e ele se vê em um espelho d’água que se formou ao acaso. Matt tenta tocar o espelho, e na hora que põem as mãos na água  tudo se dissolva, e ele percebe que estava tocando o cabelo de uma mulher.
A mulher se vira, e Matt leva um susto, ela é pequena e velha, mais ele não consegue ver o rosto dela, pois ele esta tampado por um véu. Matt cria coragem e num impulso tira o véu do rosto da mulher. Leva um susto ainda maior quando vê o rosto de sua linda filha refletido no semblante daquela mulher velha. Ele deu um pulo pra trás com o susto e acabou caindo em um buraco e torcendo o tornozelo. Ele gritou e em resposta a seu grito ele ouviu a voz de Den sair da boca daquela aberração, a velha mulher.
“O carvalho, o cajado, o sol da meia noite.”
Foi isso que Matt ouviu a mulher com rosto de Haven e voz de Den não parava de falar isso, com se estive se em tranze, ou possuída por algo ruim. Ela falava com autoridade e rigor, e repetia cada vez mais rápido: “o carvalho, o cajado, o sol da meia noite.”.
Com a dor que sentia, Matt se deixou desmaiar. Totalmente inerte, ele não sabe ao certo quanto tempo ficou no buraco. Quanto ele saiu de lá já era dia com sol a pino. Conseguindo sair da floresta, Matt foi direto para casa, enfaixou o tornozelo, que havia torcido, e ligou o computador. Procurou na internet, e o que achou foi o mito do carvalho amaldiçoado. Ele digitou apenas o que a velha disse e achou em cheio o tal mito. Ele não acreditou no que estava lendo. Ficou nervoso; por mais uma vez percebeu que o mito era real.
 Desde pequeno ouvia essa história, mais nunca haviam lhe contato o final real.
Ele leu atentamente toda a história, principalmente o final. A ligação entre as palavras estava lá; bem no final.
Matt voltou à floresta, só que agora preparado. Ele levava um relógio e uma lanterna; se embrenhando na mata fechada, ele ligou a lanterna para ver as horas. Matt tinha lido no site em que achou o mito, que sol da meia noite, era uma forma simbólica usada pelos povos antigos para dizer lua cheia. Ele deu sorte pois nessa noite de quinta feira, haveria lua cheia, e já era quase meia noite.
Matt leu também no mito que a meia noite de lua cheia o povo do condado achou uma velha e pequena mulher vagando pela floresta, andando em círculos, as voltas de um grande carvalho; perguntaram para ela o que ela estava fazendo, e ela por sua vez respondeu com sua voz inacreditavelmente infantil: “Estou guardando as minhas crianças, cultivo o medo dentro dessa árvore, e ai de vocês se deixarem seus filhos entrarem aqui sozinhos!”. Com um gemido ela fez todos eles fecharem os olhos, e então ele sumiu.
Era meia noite e Matt estava aos pés do carvalho; lembrou a parte do cajado. Toda noite de lua cheia às doze horas, uma cortina feita da luz da lua, deixava visível o cajado da velha mulher.
Matt esperou, foi paciente. E então viu a cortina de luz se formando e o cajado aparecendo. Sem pensar duas vezes ele pegou o cajado, e o segurou firme na mão.
Ele agora só teria que esperar mais alguns momentos até que a luz fosse. Paciente ele aguardou, lembrando-se da última parte do mito, que dizia: “Quando a luz se for bata com o cajado no carvalho e de lá serão libertados os medos, de todos os pequenos.”.
Quando a luz se foi por completo Matt sentiu o mais forte arrepio dos últimos tempos. Ele tremendo encostou o cajado na árvore. Seguido de toque de sons e sensações foram sentidos. Uma porta misteriosamente se abriu, e de lá saíram Den, Haven e muitas outras luzes.
Eles se abraçaram e choraram. Enfim Matt conseguiu libertar seus filhos; e eles foram para casa.
Exaustos todos adormeceram na sala mesmo, sem dar explicações às crianças dormiram felizes com o pai.
Matt acorda no meio da noite. Teve um pesadelo com o rosto real da velha e pequena mulher, não sabia ao certo de onde conhecia mais ela lhe parecia familiar.
Na manhã seguinte ele ofereceu outro churrasco, esse para comemorar o achado das crianças. Neste churrasco os pais de Matt foram e contaram uma história meio bizarra sobre a sua infância.
Quando era pequeno ele havia entrado na floresta sozinho e só foi achado 3 dias depois. Ele se lembrou que havia visto uma mulher com voz de menina, e ela tinha o assustado e o maltrato. Matt sentiu um arrepio com a lembrança, mais deixou pra lá. O que importava agora era estar com deus filhos em casa.
Não sei se perceberam mais o pequeno Matt é bem medroso. Em apenas algumas horas ele tremeu, chorou e sentiu arrepios de mais para um adulto que já  tem dois filhos.
Não sejam com o pequeno Matt, um idiota medroso. Sejam como eu a velha e pequena mulher, que é inteligente e rigorosa e tem tudo o que quer.
Vejam bem, eu com apenas algumas linhas, consegui me alimentar e me divertir com seu medo e sua infantilidade.
É extremamente divertido mexer com as pessoas, especialmente de um modo perverso e doentio com eu, deixem seus pais de lado e venham me encontrar.
Há, e antes que eu me esqueça, cuidado quanto entrarem na floresta sozinhos, lá também pode ter um carvalho.